Selo 25 Anos

ESCOLA CURUMIM CELEBRA 25 ANOS
2019 é um ano muito especial, estamos comemorando 25 anos da Escola Curumim. Uma história a ser contada, sementes plantadas, conhecimento transmitido, contribuição com o desenvolvimento social , científico e humano na formação de sujeitos, amizades estabelecidas, marca consolidada… temos muito a celebrar.
Em celebração ao jubileu de prata, a escola lança um selo comemorativo com referências a cultura indígena que, apesar de possuir características diferentes entre essas comunidades, algumas são muitos comuns e são facilmente notadas. O selo é composto pelo grafismo indígena, retratado em sua arte, na pintura corporal e no artesanato, tendo diversos significados e motivos para seu uso.
SIMBOLOGIA DO SELO COMEMORATIVO
1- PENAS: As penas simbolizam a ascensão e a evolução espiritual a um plano mais elevado. Os objetos confeccionados com penas e plumas de aves são utilizados por muitos índios brasileiros, durantes rituais ou como ornamentos. A tradição indígenas utiliza a arte plumária, embora cada comunidade indígena, apresente uma técnica e estilo específico. As vestimentas adornadas de plumas são geralmente utilizadas em ocasiões especiais como os ritos. O uso de plumas na arte indígena se dá de dois modos, para uso corporal e para confecção e decoração de artefatos. Eles possuem significados e marcações, transmitindo mensagens como: Sexo, idade, filiação, posição social na tribo, representa ainda a diferenciação entre as comunidades indígenas. A arte plumária é mais utilizada por homens, pois eles possuem um grau de importância maior do que o das mulheres em suas culturas.
2- RAMOS: Simbolizam tradicionalmente o jubileu. Numa referência as comunidades indígenas, os ramos representam a mata, seu habitat natural. Para os povos indígenas, a floresta é um mundo, o seu habitat e conhecimento. Eles sabem compartilham esse habitat com os outros animais. O respeito à ‘mãe-terra’, respeito ao meio ambiente é sua condição de vida, sua sobrevivência está diretamente relacionada a conservação da natureza numa íntima relação entre eles. As terras indígenas são áreas fundamentais para a reprodução física e cultural dos povos indígenas, com a manutenção de seus modos de vida tradicional, saberes e expressões culturais únicos, enriquecendo o patrimônio cultural brasileiro.
3- GRAFISMO/PINTURA: A pintura corporal para os índios tem sentidos diversos, não somente na vaidade, ou na busca pela estética perfeita, mas pelos valores que são considerados e transmitidos através desta arte. A arte corporal com pintura é individual e única de cada grupo indígena, possuindo
diversos significados e motivos pelo seu uso. Os índios pintam seus corpos no dia a dia e em ocasiões especiais. Eles pintam o corpo para enfeitá-lo e também para defendê-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus. As cores mais usadas para pintar seus corpos são o vermelho muito vivo do urucum e o negro esverdeado que representa a floresta, da tintura do suco do jenipapo. A escolha dessas cores é importante, porque o gosto pela pintura corporal está associado ao esforço de transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas. Os desenhos, as formas e grafismo também possuem distinções conforme a ocasião, a exemplo de desenhos feitos para comemorações, rituais e guerras. O grafismo é geométrico, complexo que revela um equilíbrio e uma beleza que impressiona. Além do corpo, que é o suporte próprio da pintura, os desenhos aparecem também em objetos domésticos. A pintura corporal também revela distinção das classes em que se subdivide a sociedade indígena.
4- CORES: Verde – simbolizando as matas brasileiras. A cor vermelha é utilizada pelos indígenas quando predomina o sentimento de guerra. Simboliza o sangue indígena derramado no período da colonização do Brasil e nos confrontos pelas lutas de terras e demarcações.
5- FAIXA: Tradicionalmente a faixa se faz presente em momentos especiais, sendo destacada no selo em cor vermelha, representando a cor da escola.
Referências
CURUMIM, Escola. Projeto Político Pedagógico. Cascavel, PR. 2018.
DIANA, Daniela. Arte Plumária. Acesso em 25. Jan 2019.
MUSEU DO ÍNDIO. Acesso em 25. Jan 2019.
PORTAL SÃO FRANCISCO. Arte Indígena. Acesso em 25. Jan 2019.